quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Alqueva: Após 14 anos de obra, rega 30 mil hectares e pode abastecer 200 mil pessoas

Alqueva: Após 14 anos de obra, rega 30 mil hectares e pode abastecer 200 mil pessoas
No terreno há 14 anos, o projecto de Alqueva, rega, produz energia e abastece populações. A quatro anos da data prevista para a conclusão, já terão sido investido 1,8 mil milhões de euros.
O projecto Alqueva que arrancou no terreno em 1997, rega 30 mil hectares, produz energia e abastece quase 200 mil pessoas, após investimento superior a 1,8 mil milhões de euros.
Segundo um estudo promovido pela agência Lusa, o projecto Alqueva, que arrancou no terreno em 1997 com a construção da barragem, prevê um investimento total de 2.563 milhões de euros, dos quais 1.845 milhões de euros já foram investidos nas valências agrícola, hidroeléctrica e de abastecimento público de água.
Com conclusão prevista para 2025 e antecipada para 2013, o projecto sofreu um reajustamento, uma vez que a ministra da Agricultura do novo Governo PSD/CDS-PP, Assunção Cristas, já disse que “não é possível” concluir o projecto em 2013, mas prometeu “grande empenho” para o terminar “tão cedo quanto possível”, “desejavelmente até final de 2015”, mas “depende das condições de financiamento do Estado”.
Dos 110 mil hectares de regadio previstos no projecto global, estão instalados cerca de 52 mil, dos quais 21 mil estão a ser regados por agricultores e aos quais somam-se 8.041 hectares de regadios por captação directa autorizados pela EDIA no âmbito da concessão do domínio público hídrico.
Segundo a EDIA, citada pela agência estatal, para concluir o projecto falta construir 44 mil hectares de regadio e outras infra-estruturas da rede primária e são necessários 200 milhões de euros da parte da comparticipação nacional, que é assegurada pelo Estado.
Em 2010, a EDIA terminou as ligações entre Alqueva e as albufeiras de abastecimento público de água abrangidas pelo projecto, que já pode “reforçar” o abastecimento a cerca de 200 mil habitantes nos distritos de Beja e Évora, sempre que as albufeiras apresentem necessidade de água.
Na valência de energia, além das centrais de Alqueva e do Pedrógão, concessionadas à EDP, a EDIA terminou este ano a instalação das cinco centrais mini-hídricas, localizadas junto às barragens de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, no distrito de Beja, e que juntas irão produzir 30 gigawatts de energia em ano médio.
De salientar que o projecto obrigou à construção de uma nova povoação para alojar os habitantes da antiga aldeia da Luz, submersa pelas águas da albufeira, e Alqueva já é o maior lago artificial da Europa, com uma área de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1 160 quilómetros de margens.
 
Teixeira Correia
 
 

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